A Palavra que Cura!
Há dias
em que o silêncio pesa mais do que o som das vozes ao redor. Nesses dias, o
coração parece caminhar por um deserto, e tudo o que ele precisa é de uma
palavra, uma única palavra, dita com verdade. Porque a palavra, quando nasce do
amor, é como um sopro de vida. Ela alcança o que nenhum remédio, nenhum consolo
material consegue tocar: o fundo da alma.
Jesus sabia disso. Por isso, cada vez que falava, não apenas ensinava, Ele curava. Dizia “Levanta-te”, e o corpo obedecia. Dizia “A tua fé te salvou”, e a mente se libertava do medo. Ele não gritava, não impunha: falava com a serenidade de quem conhece o poder do verbo, porque o Verbo era Ele próprio. Como está escrito: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
As palavras moldam o invisível. Elas criam mundos dentro de nós. Uma frase dita com ternura pode erguer um ser humano das profundezas da dor mental, pode acender de novo a centelha de esperança que o desespero havia apagado. Mas uma palavra lançada com descuido, fria, agressiva, desatenta, pode arruinar um coração já frágil, empurrando-o de volta para a sombra.
Somos
feitos, em parte, daquilo que ouvimos e, em parte, daquilo que dizemos. Há quem
viva carregando dentro de si o peso de palavras que o feriram há décadas. Mas
também há quem tenha renascido, quem tenha se levantado, só porque alguém,
talvez sem perceber, lhe disse algo que lhe devolveu o sentido de existir.
Por isso, cada palavra é um ato sagrado. Quando falamos, criamos. Quando calamos diante da dor do outro, também criamos, um vazio. E esse vazio pode ser abismo ou espaço de acolhimento, dependendo da intenção do coração.
Jesus não
usava as palavras para condenar, mas para despertar. Ele via em cada pessoa um
campo fértil, e Suas palavras eram sementes que germinavam na alma. Ele sabia
que até quem vive na lama pode florescer, se alguém lhe disser: “Vai, e não
peques mais.” Era o modo divino de dizer: “Você ainda tem valor. A vida
ainda pode ser nova.”
E talvez
esse seja o maior poder das palavras: fazer com que uma criatura humana, mesmo
coberta de feridas e culpas, se lembre de que ainda é amada, e, ao lembrar,
reencontre o caminho de volta à luz.
Com carinho CR.
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