Esta obra é uma oração disfarçada de história, uma fábula sobre o milagre de voltar a ser quem você sempre foi ...
A Vida da Criatura Humana na Perspectiva do Pequeno Príncipe ...
por Carlos Rondini.
Há livros que não se leem apenas com os olhos, mas com a alma. São livros que respiram junto conosco, que nos convidam a um silêncio doce, onde o coração fala mais alto do que as palavras. “A Vida daCriatura Humana na Perspectiva do Pequeno Príncipe” é um desses raros livros, não uma leitura, mas uma travessia.
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Desde as primeiras linhas, não é o autor quem fala, mas uma voz mais antiga, quase celestial, que sussurra: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino dos Céus.” E é exatamente esse retorno à pureza, essa reconciliação com a inocência perdida, que o livro convida o leitor a viver.
Aqui, o Pequeno Príncipe deixa de ser apenas o menino que veio de um planeta distante. Ele se transforma em um espelho da nossa própria alma, aquela parte esquecida que ainda acredita na ternura, na amizade e na beleza silenciosa das pequenas coisas. Cada página é um sopro de lembrança. Um chamado suave para que o adulto cansado se curve diante da simplicidade e volte a enxergar o mundo como quem o vê pela primeira vez.
Nesta leitura, o tempo deixa de ser tirano e se torna mestre. Cada encontro é uma semente. Cada perda, um florescer. E cada lágrima, um batismo que lava a alma.
Mais do que uma obra literária, este livro é um gesto de cura.
Fala de Deus, mas sem pregação.
Fala do homem, mas sem condenação.
Fala do amor, não como promessa ou delírio, mas como caminho, assim como o Mestre dos Mestres nos disse que ele era o Caminho. Porque, no fundo, todo coração humano anseia por regressar à sua origem: o Amor de onde veio do grande Deus, o grande Cosmos.
Ler estas páginas é como sentar-se ao lado do Pequeno Príncipe e observar o pôr do sol, aquele mesmo que ele contemplava quarenta e quatro vezes num único dia só para aliviar o coração. Ali, em silêncio, o leitor compreende que a alma humana é um campo sagrado. Que cada dor é uma semente plantada por Deus, esperando o tempo certo de florescer.
O Pequeno Príncipe, em sua doçura quase divina, percorre o universo não apenas para entender os outros, mas para recordar-se de si mesmo. E nessa viagem, cada personagem é um reflexo nosso:
o rei que precisa ser obedecido,
o vaidoso que mendiga aplausos,
o bêbado que se esconde da própria dor,
o empresário que conta estrelas e esquece de brilhar.
Cada um deles nos mostra o que acontece quando nos afastamos do essencial, quando trocamos o coração pela razão, o amor pelo controle, o ser pelo ter.
Mas é só quando chega à Terra e encontra a raposa que ele descobre o segredo mais simples e mais profundo de todos:
“O essencial é invisível aos olhos.”
Essa frase é mais do que sabedoria, é oração. Ela fala daquilo que Jesus também ensinou: que o amor verdadeiro não se vê, apenas se sente; que amar é criar laços, é tornar-se responsável pelo outro, é reconhecer no outro um reflexo de Deus.
A flor deixada em seu pequeno planeta, frágil, orgulhosa, e ainda assim amada, simboliza o amor humano: imperfeito, mas sagrado.
É ela quem o chama de volta. Porque o amor sempre chama. E é nesse chamado que o Pequeno Príncipe entende que o que buscamos fora já vive dentro de nós.
“O Pequeno Príncipe” é, portanto, uma fábula sobre a alma que esqueceu o caminho de casa. E este livro, de Carlos Rondini, é o mapa de volta, não para o passado, mas para o coração.
Ele nos recorda que o essencial não está nas aparências, mas naquilo que o Espírito sussurra em silêncio. Que mesmo quando alguém parte, o amor permanece, como o brilho de uma estrela que nunca se apaga. E talvez seja por isso que, ao final da leitura, algo em nós desperta, respira, e volta a acreditar.
Porque, afinal, só se vê bem com o coração.
E o coração, quando ama, torna-se o próprio Reino dos Céus.
Com carinho CR.
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