O vazio criado pela superproteção moderna
Quando olho para a nossa história recente, percebo que criamos um hábito muito perigoso. Tentamos proteger todas as pessoas de qualquer forma de sofrimento. Fizemos isso na intenção de cuidar, mas na prática acabamos produzindo um grande vazio emocional que hoje se manifesta como uma verdadeira onda de adoecimentos psíquicos. Nos últimos anos esse assunto tem sido discutido com cada vez mais intensidade, e faz sentido que seja assim, porque estamos diante do resultado de uma educação afetiva que não acolheu as emoções de forma madura. Crescemos muitas vezes sendo ensinados a fugir do sofrimento como se ele fosse algo proibido de existir.
Vejo isso todos os dias. Muitos jovens chegam à vida adulta sem nunca terem tido contato real com as frustrações que moldam a alma humana. Foram carregados para todos os lados, poupados de desafios, impedidos de viver pequenas dores que ensinam grandes lições. E quando finalmente se veem diante do mundo, sentem um peso enorme, porque não aprenderam a regular os próprios sentimentos. A vida exige presença inteira, e não uma existência que corre atrás de atalhos para evitar desconfortos.
Na psicanálise entendemos que é justamente no encontro com determinadas dificuldades que a pessoa cresce. Não é evitando o sofrimento que construímos maturidade. É atravessando esses momentos que descobrimos quem somos, que desenvolvemos força psíquica, que ampliamos a consciência de nós mesmos. O sofrimento, quando compreendido e acolhido, tem um poder profundamente curativo. Ele nos revela limites, mas também nos aponta caminhos. E aqui, nessa reunião, quero lembrar a cada um de vocês que não precisamos temer as dores da vida. Precisamos apenas aprender a escutá-las, a atravessá-las e a permitir que elas nos transformem.
Quando olho para a nossa história recente, percebo que criamos um hábito muito perigoso. Tentamos proteger todas as pessoas de qualquer forma de sofrimento. Fizemos isso na intenção de cuidar, mas na prática acabamos produzindo um grande vazio emocional que hoje se manifesta como uma verdadeira onda de adoecimentos psíquicos. Nos últimos anos esse assunto tem sido discutido com cada vez mais intensidade, e faz sentido que seja assim, porque estamos diante do resultado de uma educação afetiva que não acolheu as emoções de forma madura. Crescemos muitas vezes sendo ensinados a fugir do sofrimento como se ele fosse algo proibido de existir.
Vejo isso todos os dias. Muitos jovens chegam à vida adulta sem nunca terem tido contato real com as frustrações que moldam a alma humana. Foram carregados para todos os lados, poupados de desafios, impedidos de viver pequenas dores que ensinam grandes lições. E quando finalmente se veem diante do mundo, sentem um peso enorme, porque não aprenderam a regular os próprios sentimentos. A vida exige presença inteira, e não uma existência que corre atrás de atalhos para evitar desconfortos.
Na psicanálise entendemos que é justamente no encontro com determinadas dificuldades que a pessoa cresce. Não é evitando o sofrimento que construímos maturidade. É atravessando esses momentos que descobrimos quem somos, que desenvolvemos força psíquica, que ampliamos a consciência de nós mesmos. O sofrimento, quando compreendido e acolhido, tem um poder profundamente curativo. Ele nos revela limites, mas também nos aponta caminhos. E aqui, nessa reunião, quero lembrar a cada um de vocês que não precisamos temer as dores da vida. Precisamos apenas aprender a escutá-las, a atravessá-las e a permitir que elas nos transformem.
Com carinho, Carlos Rondini em 11/2025.
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